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29 outubro 2011

Paixão



Novamente meus olhos encontram os teus,
Novamente o mesmo sentimento,
Turbilhão que me revira a alma...
Quando o teu olhar no meu se encontra,
Perco a razão, me desconheço, não sou mais eu...
Sou femea no cio, vulcão em erupção, lava incandescente...
Um simples toque teu faz uma revolução em mim.
Quero teu beijo, teu gosto, teu cheiro, teu gozo.
Vem...com teu sabor me embriagar,
Trás prá dentro de mim, o teu olhar,
Faz meu coração por ti... parar de gritar,
Sossega teu corpo dentro do meu,
Corre... o amanhã pode não chegar.



Carla Piva






23 outubro 2011

Querer...





Quero sorver no teu beijo a tua alma,
Brincar de amor por agora e sempre.
Reencontrar em teu olhar a minha calma,
Te encantar e te deixar perdido e livre.

Livre...

Para voltar correndo aos meus braços...
Perdido...
Sem os meus beijos em teus lábios...

Quero morrer de amor ao te amar,

Desfalecer de prazer ao te abraçar,
Ser tua presa e me deixar caçar,
A tua espera para me entregar.

Carla Piva







24 setembro 2011

Fenix




Impossivel lutar contra o destino...
O que tem que ser, acaba acontecendo...
Mesmo contra a vontade de todos...
Ter-te agora, em meus braços é divino...
Teu corpo, todos os meus espaços preenchendo...
Somos "Fenix"... renascendo de nossos escombros.


Carla Piva

22 julho 2011

Poema do Adeus!




A poesia hoje me deixou,
A fantasia de mim, se separou...
O sorriso também me abandonou,
Vazio e dor... É o que me restou.

Em meu peito deixou de bater,

O coração que se deixou morrer,
A tristeza tomou conta do meu ser...
Desisto do amor... Cansei de sofrer.

Da escuridão faço o meu ninho,

Última gota de veneno... Meu destino,
O anti gozo... Inércia, desatino...
Morte em vida... Fim do caminho.

E...

 
Se a poesia acabou de me deixar,
Meu corpo quente, começa a congelar,
O último suspiro não vai tardar,
Deixo meu último verso, prá de mim lembrar


Carla Piva

05 julho 2011

Enigma



O desconhecido a me inquietar,
Não te quero paradigma.
Ainda é cedo para te desvendar,
Por agora eu te quero enigma.

Quero o desejo no olhar,

A distância que aproxima,
O corpo que não quer calar,
Te quero presente em minha rima.

Do teu silêncio sou as palavras,

Te sinto em mim, mesmo distante.
És a música que o vento  me trás,
A te lembrar a todo instante.

Ainda é cedo para te desvendar...

Te sinto em mim, mesmo distante...
Por agora eu te quero enigma.


Carla Piva






03 junho 2011

Miragem...





Como um conto de fadas,
Simples assim, como mágica...
Olhares que se cruzam,
Faíscas encantadas...
Quem sabe digo... Abra cadabra!
E os corpos se fundam.

Feito miragem no deserto

Sinais de fumaça perdidos no céu...
Viajo por paisagens encantadas.
Local de pouso incerto...
Jogo meus sonhos ao léu...
Sigo de longe tuas pegadas.

Nesse mundo de fantasia,

Prá bem perto de ti estar
Atravesso o portal que deixaste abrir
Minh'alma se vai na ventania...
Já posso teu suspiro ouvir...
Minha boca, a tua, enfim... Tocar.

Carla Piva







29 maio 2011

Viagem



Afagos, carinhos, beijos...
Te busco e aqui não estás.
Encantamento, desejos...
Quantas mentiras mais me dirás.

Tua voz me tira do chão,

Teu olhar me faz viajar,
Teu sorriso a própria expressão,
Que não deixa meu corpo pensar.

Não suporto mais a distância.

Não quero mais longe de ti estar.
Quero agora a tua companhia,
Teu corpo inteiro poder tocar.

Escuta o meu corpo a te chamar,

Acalma essa chama... finda essa dor.
Vem dessa paixão se fartar,
Não zombes mais do meu amor.


Carla Piva

15 maio 2011

A Um Ausente " Carlos Drummond de Andrade"

A um ausente  

Tenho razão de sentir saudade,
tenho razão de te acusar.
Houve um pacto implícito que rompeste
e sem te despedires foste embora.
Detonaste o pacto.
Detonaste a vida geral, a comum aquiescência
de viver e explorar os rumos de obscuridade
sem prazo sem consulta sem provocação
até o limite das folhas caídas na hora de cair.

Antecipaste a hora.
Teu ponteiro enloqueceu, enloquecendo nossas horas.
Que poderias ter feito de mais grave
do que o ato sem continuação, o ato em si,
o ato que não ousamos nem sabemos ousar
porque depois dele não há nada?

Tenho razão para sentir saudade de ti,
de nossa convivência em falas camaradas,
simples apertar de mãos, nem isso, voz
modulando sílabas conhecidas e banais
que eram sempre certeza e segurança.

Sim, tenho saudades.
Sim, acuso-te porque fizeste
o não previsto nas leis da amizade e da natureza
nem nos deixaste sequer o direito de indagar
porque o fizeste, porque te foste.

" Carlos Drummond de Andrade"



Para falar de ti, me recuso a rimar, impossível encontrar rima para descrever quem se esconde das responsabilidades.
A constatação do óbvio é teu semblante, egoísmo, acomodação, falta de amor e ingratidão.
Fuga é tua marca registrada, nunca podes fazer nada, essa desculpa eu escuto a mais de 20 anos e ainda me causa indignação.
Por que tenho que estar responsável por tudo, sempre?
A situação é sempre a mesma, se faz de pobre coitado, que tem a convivência dos filhos privada, que sofre a distância e mais blá...blá...blás...
A distância até pode convencer mas não faz nada para modificar a situação, fica na comodidade da situação, o coitadinho que sofre, o incompreendido, rejeitado e muito mais...
Quero ver ser pai de verdade, dar conselhos, chamar a atenção, lidar com as situações do dia a dia......pois é, são quase oito anos de ausência, foi mais fácil pegar a estrada e se colocar do outro lado do País e de lá ficar resmungando a falta dos filhos e a convivência.
A cada dia que passa, tenho mais dó de ti, por seres o que és e por não tentares te modificar e por isso, resolvi te expor, dizer o quanto és pobre de espirito e o quanto tua arrogância faz com que percas a cada dia mais, o tesouro que ganhastes, teus filhos.
Continues aí, com tua medíocre vida, vazia vida e irresponsável vida...
A cada dia me orgulho mais de lutar sozinha para criar os meus filhos e mostrar para eles o único exemplo que nunca devem seguir... o teu.
E... essa é a tua descrição, vista única e exclusivamente por mim, desculpe a sinceridade mas precisava desabafar, precisava gritar, soltar o que estava trancado em minha garganta. Não me importo com o que vais pensar, és insignificante para mim, és a imagem perfeita do "Pai Ausente".

24 abril 2011

Meu Segredo



Na madrugada, abandono...
Meu corpo de você, sedento.
Dele seu lindo olhar é o dono,
Sem você me resta o desalento.

Não sei se posso suportar,

Ter você aí, de mim tão distante...
Aqui sozinha a imaginar,
Com quem está nesse instante.

Amar em silêncio me mata aos poucos,

Te quero tanto e não me quer ver.
Deixo pegadas, afagos, revelo traços,
Quem sabe consiga um dia entender.

Enquanto espero te canto em versos,

Para em seus olhos me ver brilhar.
Desejos contidos estão submersos,
Virão a tona quando me desvendar.


Carla Piva





23 abril 2011

Magia e Encanto



Quero te enroscar no meu abraço
Juntar meu corpo ao corpo teu
Dividir contigo o mesmo espaço
Sentir teu corpo dentro do meu...

Sorrir ao ver o teu espanto

Escrever poesia em tua fronte
Viver da magia e do encanto
Beber a água de tua fonte.

Fazer desse momento...eternidade

Multiplicar sonhos e desejos...
Dar te apenas a felicidade
Entregue ao gosto dos meus beijos.

Se perca na magia desse encanto...

Vem, se enroscar no meu abraço...
Sorria ao ver teu próprio espanto...
Ao fazer do meu corpo teu regaço.

Carla Piva

20 abril 2011

Saga




Crepusculo dos meus dias
Sangue gelado em minhas veias
Olhos que dizem maravilhas
Boca que nada diz... incendeia
Em minha imaginação existes
Vive em meus sonhos todos os dias
De tua imagem me alimento
Na Lua Nova és meu tormento
De corpo inteiro a ti me entrego
Meu sangue quente é teu nesse momento
Na dança da paixão me arremeço
Misturando meu gosto com o teu
Igual a um Eclipse em ti adentro
E deixo o espirito flutuar
Nessa fascinante música que está no ar
Canção que me alimenta a alma
O teu toque que tanto me acalma
Te amo em silêncio sem que possas perceber
E então te espero, no próximo... Amanhecer.

Carla Piva




Presente para minha querida amiga, Fernanda, que ama a Saga Crepusculo.











16 abril 2011

Julieta e Romeu




Dei te meu mundo transformado em poesia
Meu coração pulsando, desarmado te entreguei
Não imaginei viver agora tamanha agonia...
Ignorastes... Jogastes fora o amor que te ofertei.

Se pudesses ouvir minha respiração, ofegante...

Buscando em vão... A delícia do teu beijo molhado...
Teu corpo rijo, entumescido... Penetrante...
Desarmado, entregue, tudo isso junto e misturado.

Encontre a coragem, que de ti se perdeu...

Vem tomar posse deste corpo, que é só teu
Esquece o passado e tudo o que sofreu...
Viver o infinito, comigo.... Julieta e Romeu.


Carla Piva

09 abril 2011

Outono




Noite fria de outono
A solidão, única companhia
Corpo inerte... Abandono
Traz de volta a nostalgia.

A vida segue seu rumo

E eu no piloto automático
Os meus sonhos desarrumo
O coração no peito... Estático

Meus olhos buscam os teus, em vão...

O corpo descansa frio... Inerte
Levaste contigo, meu pobre coração...
E, de longe, meu sofrimento te diverte.

Carla Piva

29 março 2011

Mudança




Depois de tanto tempo parada
Depois de tanta vida estagnada
Depois de tantas lágrimas derramadas
Quero minhas gavetas arrumadas

Quero correr além do tempo

Quero decidir o meu momento
Colocar fim a tanto sofrimento
De mim serei o esperado alento.

Vou arrumar as malas e partir

E esperada liberdade me permitir
Dar a cara a tapa para o que há de vir
Mudando assim, meus rumos, meu existir

Carla Piva

20 março 2011

Eclípse



És a companheira da minha solidão,
Das minhas noites vazias a cúmplice.
Por entre as frestas da janela... tua luz...
A me lembrar do escuro que vive em mim.
Na noite brilhas bela e plena, solitária como eu...
Imensa lua cheia, cheia de desejos, aqui estou.
Assim como tu, sozinha a esperar.

Não quero mais o vazio ao meu lado,

Quero vida, enquanto ainda estou viva...
Quero o corpo a pulsar e o coração a vibrar...
Quero a entrega total, sem meias medidas.
Também sou lua cheia, sozinha no mundo a brilhar,
Aqui, esperando o calor do teu sol encontrar...
E nesse eclípse misturar luz e calor, pro meu corpo sossegar.

Carla Piva





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19 março 2011

Talismã & Presente



Talismã

Traga-me teu sorriso de presente
Pro meu rosto presentear...
Traga-me tua alegria e graça
Pra minha vida engraçar...
Traga-me tua sorte com emoção
Pro meu coração emocionar...
Traga-me o teu brilho de cristal
Pro meu olhar cristalizar...
Traga-me teus beijos molhados
Pro meus lábios molhar...
Traga-me teus abraços apertados
Pro meu corpo apertar...
Traga-me teus desejos
Pro nosso desejar...
Traga-me tua paixão quente
Por nossa cama esquentar...
Traga-me teus segredos
Pra eu desvendar...

Márcio de Oliveira
11/03/2011

" Publicada com a autorização do autor"




Presente

Te trago de presente o meu sorriso
Para o teu olhar enfeitiçar...
Te trago de presente o meu coração
Para em teu peito se deixar morar...
Te trago do meu olhar o brilho
Para que possas o tempo paralizar...
Te trago o calor do meu abraço
Para o teu corpo confortar...
Teus são meus beijos molhados
Para tua sede enfim matar...
Percorre meu corpo com teu olhar cristalizado
Para que me sintas inteira a vibrar...
Te entrego todos os meus desejos
Para que tenhamos o mesmo desejar...
Te trago a mais quente paixão
Para desse sonho não mais despertar...
Teu talismã, aqui estou com meus segredos
De presente para somente tu desvendar...

Carla Piva






14 março 2011

Pés no chão, coração no ar.




Pés no chão, coração no ar...
Nova paixão, tempo de amar...
Pular do avião, mergulhar no mar...
Revolução que chegou para ficar.

Ter-te aqui, ao alcance das mãos...

Preenchendo meus espaços vazios.
Lava incandescente...desperto o vulcão,
Nova canção que provoca arrepios.

Perco o controle e por ti me deixo levar,

Mato em ti minha fome... viver, não mais sonhar,
Grito ao Mundo o teu nome prá poder acreditar,
Vem, amor que me consome...estou pronta para a ti me entregar.

Pés no chão, coração no ar...

Viver, não mais sonhar...
Estou aqui a te esperar...
Encurta a distância, vem me amar.

Carla Piva

06 março 2011

Me Devora.




Vem sem demora,
Te quero agora,
Vem me namora,
Mata essa fome... Me devora.

Quero te amar,
Vem para ficar,
Faz o meu corpo arrepiar,
E inteira a ti me entregar.

Essa distância que de ti me separa,
Com ela ainda não me acostumei.
Toda a saudade que eu sinto agora,
De nós dois e do quanto te amei.

Vem sem demora,
Quero te amar,
Vem me namora,
Vem para ficar.

Carla Piva

21 fevereiro 2011

Arrebatamento






Chegou assim, bem de mansinho,
Vindo de longe, em vôo rasante.
Da minha paz... fez torvelinho,
Tocou meu coração errante.

Desejo imenso compartilhado,

Fome voraz, vontade imensurável...
Me arrebata quando estou do teu lado,
Deixo-me levar, não tem jeito... é inevitável.

Te ter aqui agora, nesse instante,

Em meu corpo entregue a habitar
Nesse mergulho és o comandante,
Em tuas asas me entrego, me faz voar..


Carla Piva










12 fevereiro 2011

Quero Você





Abro os meus olhos e tudo que vejo é escuridão
Por mais que o sol brilhe, ainda sinto imenso frio
Corpo petrificado, coração congelado, solidão...
Perdi o chão, a direção, meu rumo, imenso vazio.

Agora, me falta a coragem para seguir, continuar

Meus sonhos se perderam pelo meio do caminho
Planos desfeitos, fragmentos do que fui a naufragar
Quero você perdido em mim, preciso do teu carinho.

Vem ser a luz que minha fome vai matar...

Na minha boca deixa o gosto do teu beijo
Vem ser o vento que minha alma vai fazer voar...
Derrete o gelo... em meu corpo semeia o teu desejo.


Carla Piva










29 janeiro 2011

Queda Livre





Por entre nuvens e raios
Pairam as incertezas
O céu, que parecia ser de brigadeiro
Agora se fecha em breu.
Em queda livre me arremeço
Deixando pelo espaço,
Do meu peito os pedaços
Sem volta, apenas desço.
Na solidão desse vôo
Com local de pouso definido
Deserto de mais um amor
Abandono, fim da linha...
Aterrissagem mal sucedida...


Carla Piva